sexta-feira, 7 de junho de 2013

Pã (Παν)


Deus do rebanho, da fertilidade, do desejo carnal, da sexualidade masculina e da natureza, como florestas planícies e campos, é filho de Hermes e, normalmente, uma ninfa. Possuía a forma de um sátiro e por ser muito feio, não era bem quisto pelos outros deuses. Era também um deus da caça, interessado em animais pequenos, como lebres e pequenas aves, entre elas especialmente o Perdiz, enquanto Ártemis era relacionada aos animais de grande porte. Era representado comumente junto de uma flauta de cana e possui por símbolos ela e um bastão específico para pegar lebres. 

Participava muito dos ritos de Dionísio, e seguia seu séquito por onde eles fossem, ao mesmo tempo perseguindo ninfas pelas florestas e montanhas no formato de bode. Por ter a parte de baixo de bode, podia correr e escalar muito bem.

Originalmente, seu nome significava "guardião dos rebanhos", porém mais tarde seu nome passou a significar "todos", e por isso, ele passou a representar a mitologia como um todo. Diz-se que quando o cristianismo ascendeu, uma voz misteriosa anunciou a morte do "grande Pã". É ele a base para o estereótipo de demônio na mitologia cristã.

Amou Eco, Siringe e Selene, e por esta última foi amado, fazendo com que esquecesse Endímion ao visitar Pã em bosques e grutas.

Em Roma, foi identificado com os deuses Fauno, Silvano e Lupércio. Os faunos, até então sem chifres e cascos, tiveram estas partes a si associadas após a mitologia da Grécia ter sido anexada à de Roma. Porém, Fauno não possui a mesma origem de Pã, assim como os faunos não tem a mesma origem dos sátiros. Diz-se que foi Fauno quem "deu" os oráculos aos romanos. Sua contraparte feminina, chamada de Fauna, ou às vezes Bona Dea, era tida às vezes como sua esposa ou sua irmã. Foi pai de Latino com uma ninfa.

Era dito que seu grito era horripilante e que espantava a todos que entravam nas cavernas em que ele estivesse dormindo. Ajudou os deuses na Titanomaquia, espantando os titãs ao final, correndo atrás deles uivando, e os atenienses na batalha de Maratona, ao deixar os invasores em aterrorizados. Daí vem a palavra pânico, o terror repentino.

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