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Por Trás do Cotidiano

Saiba mais sobre as origens de vários aspectos de nosso cotidiano!

Niké

Saiba mais sobre essa pequena deusa que tanto inspira os homens.

Planetas

Os planetas não ficariam de fora da mitologia! Saiba mais sobre as curiosidades sobre eles.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Ares (Ἄρης)


Deus grego da guerra, é tido como filho de Zeus e Hera, sendo o único homem que Zeus tivera. O local de seu nascimento é confuso, mas após vários autores colocarem que seu local preferido no mundo era a Trácia, lá também foi colocado seu lugar de nascimento. Era representado como um deus belo, de corpo esbelto e forte. Porém, para balancear tais características positivas, era representado como sanguinário, bárbaro e estúpido. Seus símbolos eram a lança, instrumento o qual serve para matar, e o abutre, animal que come a carne dos mortos após uma batalha.

Era odiado por quase todas as divindades, inclusive seus pais. Porém, apenas uma não via-o como um sanguinário estúpido: a deusa do amor e da beleza sensual Afrodite, mulher de Hefesto. Por ver apenas o superficial do deus, ela achava-o atraente. Com ela, Ares teve seis filhos: Phobos, Deimos, Harmonia, Adrestia, Eros* e Anteros. A primeira filha dessa relação adúltera, Harmonia, sofre pelas ações do pai e da mãe. Como quem não quer nada, Hefesto oferece um colar à deusa. Porém, como queria punir os pais dela, tal colar que ele dera era amaldiçoado, e envenenara toda a sua linhagem, inclusive o fim de sua vida, momento no qual ela e Cadmo, seu marido, deixa o mundo dos homens para virarem serpentes. 

Seus dois filhos Phobos e Deimos ajudavam-no, junto a Éris, em suas guerras. Enquanto Éris, a deusa da discórdia, semeava esta pelos campos de batalha, Phobos, deus do medo, colocava medo no coração dos combatentes, um a um, e Deimos, deus do pânico, fazia com que, em pânico, a outra tropa batesse em retirada rapidamente.

Vivia pela e para a guerra, não ligava para o motivo dos lados para estarem guerreando contanto que houvesse a guerra, e por isso tentava sempre provocar uma guerra a qualquer custo. Devido a isso ele facilmente prometeu estar ao lado dos gregos na guerra de Tróia e passou para o lado troiano. Porém, mesmo sendo deus da guerra, ele não leva a melhor em muitas delas, pelo contrário. 

Quando os gigantes Aloídas ameaçaram invadir o monte Olimpo, Ares tentou lutar com eles, apenas para terminar preso por eles e salvo tempos depois. Quando Tifão atacou o monte Olimpo, o deus da guerra foi um dos primeiros a fugir da luta, e deixá-la para outros deuses. Quando Hefesto prende Hera na cadeira e o meio irmão tenta ir lá buscá-lo para trazê-lo ao Olimpo, o deus coxo consegue acabar com ele. Fora isso, ainda perdeu para Diomedes, durante a Guerra de Tróia, e perdeu também para Héracles, quando este assassinou seu filho Cicno. Fora quando tentava lutar com Atena, batalhas nas quais sua derrota sempre fora inevitável.

Com tais atributos, não é de se admirar que os gregos, que prezavam pelo intelecto, odiassem-o. Porém, ao tornar-se Marte em Roma, seu papel mudou. Junto a várias outras divindades de outras culturas além de Ares, como a celta e a etrusca, por exemplo, Marte surgiu. E, como a sociedade romana era belicosa, Marte, o qual antes de sua expansão era um deus da fertilidade e defensor dos castelos e campos, vira deus da guerra com a expansão do império e o segundo deus mais importante de Roma, após Júpiter.

E se na Grécia Ares compartilhava a arte da guerra com Atena, em Roma esse papel era apenas de Marte, pois Minerva era deusa apenas da sabedoria, da tecnologia e das artes. Junto a ele havia Belona, uma deusa da guerra a quem era atribuída o papel de irmã, amante ou até mãe do deus. Também Juno pode ser considerada sua mãe, tendo ele após cheirar uma flor dada a ela pela deusa Flora, apesar de não ser confirmado. Acreditava-se que o fundador de Roma, Rômulo, e seu irmão, Remo, eram filhos de Marte com uma mortal chamada Réia Silvia. Por isso, acreditava-se que todos os romanos eram descendentes de Marte.


Por trás do cotidiano

Ainda hoje Ares e Marte permeiam a vida da sociedade. Ares apenas com o símbolo da masculinidade, o qual representava sua lança. Em contrapartida, Marte dá seu nome a várias coisas, como o nome do planeta, de seus habitantes, os marcianos,  do primeiro mês do mundo romano, Março, das artes da guerra, as artes marciais, e do terceiro dia da semana em algumas línguas, como martes, em espanhol, martedi, em italiano e mardi, em francês.


*(Segundo algumas versões Eros é filho de Ares, e não um deus primordial. Assim também como outras colocam dois Eros na linha genealógica grega, um primordial e este em questão.)

domingo, 25 de novembro de 2012

Atena (Αθηνά)


Deusa da inteligência, estratégia, razão, justiça e habilidade, é uma das deusas mais importantes do mundo grego antigo. Possui como símbolos a coruja e a oliveira. Seu estranho surgimento é um dos mais aludidos e falados na mitologia. É constantemente chamada Palas Atena devido a ter matado, acidentalmente, uma de suas amigas de juventude chamada Palas, filha de Tritão. Para não esquecê-la, ela colocara o nome da amiga antes do próprio e criara uma estátua, o Paládio, o qual fora crucial para a queda de Tróia durante a guerra de mesmo nome. Uma outra versão é a de que, durante a Gigatomaquia, Atena matara um gigante chamado Palas e, para comemorar sua vitória, colocara o nome do gigante antes do seu.


Conta a lenda que após que a Titanomaquia ocorrera, Zeus voltara a se encontrar com Métis, a deusa do bom conselho, e com ela se casou. Porém, pouco tempo após o matrimônio, Zeus recebe a visita de Gaia, sua avó. Assim como Urano, ela possuía o dom da profecia, e diz a ele que seu primeiro filho com Métis seria uma mulher, com inteligência e força igual às do pai. Porém, caso tivesse mais um filho, ele seria mais forte que Zeus, e seria o governante dos deuses e homens. Como para confirmação da profecia e para desespero do senhor dos céus, no dia seguinte Métis diz a ele que estava grávida. Nesse exato momento, Zeus pensa em como se livrar de Métis, e lembra de seu pai. Esperando um momento em que sua mulher estivesse adormecida, ele a engole. (Em alguns contos, ele e a mulher brincam de metamorfosearem-se e, quando Métis transformara-se em uma abelha, Zeus engoliu-a).

Porém, só quando já estava com Hera que Zeus começou a sentir uma dor de cabeça profunda, até mesmo para um deus. Chamando o enteado Hefesto, ele pede ao deus coxo que quebre sua cabeça, e tem seu pedido prontamente atendido. Para sua surpresa, de sua cabeça sai uma deusa dando um urro de guerra, e totalmente vestida para ela. No minuto seguinte, ela retira seu elmo e deposita suas armas em frente a Zeus, mostrando que não desejava guerrear com o pai, para alívio deste.

Por não possuir uma figura de mãe, pois Zeus fizera esse papel, e Hefesto o de parteira, Atena prefere a companhia dos homens, e passa a ser uma das três deusas virgens, junto a Héstia e Ártemis. E sua virgindade era algo que ela protegia com todas as duas forças. Em uma das versões para a cegueira do adivinho Tirésias, é dito que ele vira a deusa banhando-se. Ao se dar conta disso, prontamente Atena fecha-lhe os olhos. Porém, ela se arrepende e, sem ter como dar-lhe sua visão de volta, ela lhe dá o poder da profecia. Inicialmente, a deusa não possuía nenhum de seus atributos hoje a ela relacionados. Foi apenas quando Prometeu estava perto de sofrer suas torturas que a deusa aprendeu, com ele, a arquitetura, astronomia, matemática, medicina e várias outras artes. Por ter nascido de Zeus, Atena incorpora as virtudes da mãe e o poder do pai.

Devido aos conselhos dados ao pai em suas estratégias, guerras, governos, e sempre estar ao seu lado, Atena é a filha preferida de Zeus. O deus dos deuses tanto gosta dela, que deixa ela utilizar seu escudo Aegis e seus raios quando ela deseja. É apenas depois que Atena nasce que o escudo ganha em sua fronte a cabeça da Medusa

Apesar de ser deusa da estratégia em batalha, a deusa não gosta de guerras, sendo isso mostrado quando ela abaixa a lança e tira o elmo na frente de seu pai. Em suas batalhas com o deus Ares, o deus sanguinário da guerra, ela sempre levou a melhor. Na Guerra de Tróia, Atena ajuda Diomedes a vencer Ares e, quando este volta para se vingar, a deusa mais uma vez vence-o. Quando Ares desafiara Deméter, por esta ter criado a agricultura e ter mostrado aos homens o quão ruim era a guerra, Atena logo aparecera ao lado dele, jogando-o para longe. 

Nenhuma outra divindade ajudara tanto os heróis quanto ela. Em seus trabalhos, Héracles teve sua ajuda, principalmente contra as aves do lago Estínfalo. Aos Argonautas, ela ajuda-os na criação do barco Argos. Na Guerra de Tróia ajuda os gregos em sua totalidade e na Odisséia ajuda Odisseu a disfarçar-se de velho, para que possa não ser reconhecido pelos outros quando volta à sua terra natal. A Perseu ajuda quando este encaminha-se para matar a Medusa, e a Belerofonte, diz o que fazer para domar Pégasus e dá-lhe o instrumento. Contudo, assim como mostrado em um de seus templos, que possuía a inscrição "Junto de Atena, mova, porém, o seu braço.", a deusa não ajudava aqueles que nada fizessem.

Porém, assim como ajudava aqueles que mereciam sua ajuda, punia os que merecessem sua ira. O próprio monstro que ela ajudara Perseu a matar, fora criado por ela, pois quando Medusa ainda era uma mulher, ela ficara com Poseidon em um templo de Atena, e ao invés da deusa  castigar o deus de alguma forma, seu ódio caíra sobre a mortal. Já com Aracne, que ousara se comparar a ela na arte de tear, ela a transformou em uma aranha.

Era representada ao lado de uma serpente, símbolo da sabedoria, com seu escudo ao outro lado, e com a deusa alada Niké em sua mão, mostrando a constante vitória em suas guerras.

Na Grécia fora muito cultuada, principalmente em Atenas, a cidade que, segundo o conto, fora disputada por ela e Poseidon, e ganha por ela após ela oferecer uma oliveira, em competição à fonte de água de Poseidon. Em Atenas, tivera um templo construído em seu nome, o Parthenon, e as Panatenéias, as quais incluíam corridas de cavalo e disputas de arte em nome de Atena.

Em Roma fora chamada de Minerva e constituía parte da maior trindade de deuses, sendo ela Minerva, Júpiter e Juno. Seu nome também deu origem à expressão "Voto de Minerva".

sábado, 20 de outubro de 2012

Ártemis (Άρτεμις)



Filha de Zeus e Leto e irmã gêmea de Apolo, nasce momentos antes de seu irmão, e ajuda no parto deste. Por isso, ao ver a dor sofrida pela mãe, Ártemis promete recusar a companhia masculina, para nunca sofrer tal dor. Representa a lua depois de Selene, porém apenas em uma de suas fases. Junto a Selene e Hécate, no entanto, compõe uma tríade de deusas lunares, motivo pelo qual posteriormente a romana Diana foi a elas associada, e não a uma em especifico.

Passado algum tempo, Zeus vai até ela e pergunta o que a filha gostaria de presente. Ela diz desejar caçadoras as quais acompanhassem sua caçada, assim também como cães e cervos. Tudo isso, somado ao último presente, um arco e flechas prateados, faz de Ártemis a deusa da caça e da vida selvagem.

Por ser uma deusa donzela, assim como Héstia e Atena, Ártemis muito protege sua virgindade e pureza, sendo cruelmente vingativa com aqueles que ela julga terem desrespeitado-a, como exemplo sua punição aplicada a Actéon.

Apesar disso, a deusa já quase teve uma relação amorosa, com o mortal Órion. Porém, com ciúmes, Apolo induz a deusa a matá-lo, e sua morte, a qual origina a constelação de Órion, está ligada ao signo de escorpião.

Outro dos contos no qual está envolvida é o dos gigantes aloídas, dois irmãos chamados Oto e Elfíates. Sua altura crescia a cada ano, e com ela, também sua arrogância, chegando ao ponto de ambos desprezarem os deuses.

Porém, após terem conseguido capturar Ares, o deus da guerra, os deuses passaram a temê-los, inclusive devido à sua imortalidade, pois fora profetizado que eles apenas morreriam caso um matasse o outro.

Formulando um astuto plano, Ártemis solta uma corça, e os gigantes começam a caçá-la. Logo ambos a conseguem em sua mira e lançam suas flechas, sem perceber que a a corça se localizava bem no meio da distância entre eles. Assim, Ambos acabam por morrer por suas próprias flechas. Com isso, Ártemis é aplaudida no Olimpo, por ter conseguido se livrar de tamanha ameaça.

Em Roma, Ártemis foi associada a Diana, porém tal associação não era perfeita pois tal deusa romana representava também as deusas lunares Selene e Hécate. Esse é um dos motivos pelo qual, em alguns casos, o conto de Selene e Endímion possa gerar dúvidas para as pessoas, ao ver o nome romano Diana no meio do conto.

sábado, 13 de outubro de 2012

Apolo (Ἀπόλλων)


Filho de Zeus e Leto, é o deus do sol, não personificando-o como Hélio, mas sim como condutor da carruagem do sol.

Seu nascimento foi um tanto conturbado. Após descobrir que Leto estava grávida, Hera ordena à cobra Píton que comece a persegui-la, para que em nenhum lugar ela pudesse dar a luz. Junto a isso, ela proíbe todo lugar de acolhê-la em seu trabalho de parto.

Porém, a ilha de Delos, que nada tinha a temer da ira de Hera, por ser estéril, oferece abrigo a Leto assim que ela proclama seu pedido. Assim que o fez, a ilha flutuante que era Delos parou no mar, apoiada em dois pilares e, como a cobra estava longe o suficiente, Leto lá deu a luz.

Assim que começa seu trabalho de parto, Leto recebe a ajuda de várias deusas e, após alguns dias, Ártemis chega, deusa da lua e da caça, chega. Assim que sai do ventre de sua mãe, a filha ajuda-a no parto de seu irmão e, ao ver a dor sofrida pela mãe, ela jura tornar-se virgem, para nunca passar por isso. Pouco depois, o deus do sol, Apolo, nasce.

Poucos dias após seu nascimento, Apolo sai em busca da serpente Píton, para vingar-se por sua mãe. Munido com um conjunto de arco e flechas dado por Hefesto, o deus do sol rapidamente encontra o covil do monstro, sendo logo recebido por ele. Porém, rapidamente o embate ocorreu, pois Apolo, retirando uma das flechas de sua aljava, mata a fera assim que chega perto da serpente. Assim, ele enterra-o no monte Parnasso, local no qual seria criado posteriormente o oráculo de Delfos.

Porém, mesmo sendo um deus, Apolo havia cometido assassinato, visto que Píton era filho de Gaia. Assim sendo, a divindade vai à Tessália e, passando-se por camponês, coloca-se a serviço do rei Admeto, ao qual ajuda quando o soberano demonstra interesse na mão de Alceste, princesa de Iolco e filha do rei Pélias.

O preço do rei pela mão de sua filha era a realização da façanha de atrelar um leão e um javali a um carro. Ajudado, mesmo que sem saber, por Apolo, Pélias atrela ambos os animais, ganhando assim a mão de Alceste.

Foi apenas depois de nove anos que Apolo conseguiu purificar-se de seu crime.* Assim que conseguira, também, logo rumava a Delfos, sua amada cidade.

Apesar de ser descrito como o mais belo do Olimpo, Apolo tivera muitos casos amorosos fracassados, entre eles, seu primeiro amor, Dafne, o qual foi uma vingança de Eros em relação à arrogância de Apolo, após este matar a serpente Píton.

É deus principalmente do sol, além de ser deus da cura, praga, profecias, poesia e arco e flecha. Rege também a medicina, antes de seu filho tornar-se deus de tal oficio, quando, após uma conturbada situação, este ascendera ao Olimpo. Possui como símbolo a lira, a qual foi obtida por ele após trocar com Hermes o caduceu, originalmente sua posse, o qual era utilizado para conduzir seu próprio gado. Quando Roma domina a Grécia , devido à não existência de um deus com a especificidade de Apolo, tal deus é diretamente importado para a mitologia romana, tendo até seu nome conservado.

*Em algumas versões, Apolo é condenado por ter matado os ciclopes que forjavam os raios de Zeus, e assim acaba a serviço de Admeto

NOTA: Muitas pessoas acham que Febo é o nome romano de Apolo, mas como ele foi um deus diretamente importado da Grécia, os romanos preferiram manter seu nome original. O "Febo", palavra a qual significa "brilhante", antes de seu nome refere-se a ele no papel de deus do sol/luz. Os romanos costumavam chamá-lo de Febo Apolo, mas não se deve colocar Febo como o nome romano de Apolo.

sábado, 6 de outubro de 2012

Héracles (Ἡρακλῆς) - O Touro de Creta


Ao tomar conhecimento do êxito de Héracles para limpar os estábulos do rei Áugias, Euristeu decide tentar vencer o herói pelo cansaço e perigo. Ele ordena ao herói que vá bem busca do touro de Creta, e que trouxesse-o até ele pelo mar.

Tal touro fora um presente do deus Poseidon para o rei Minos, e originou o signo de touro. Após ganhar grande pode marítimo com a ajuda do deus, Minis promete sacrificar qualquer animal que aparecesse vivo nas praias. Tempos depois, Poseidon manda um magnifico touro. Porém, maravilhado com o animal, o rei não o sacrifica e tenta enganar o deus dos mares matando um touro de segunda categoria. Vendo isso, Poseidon, além do já mencionado anteriormente, faz o touro, outrora calmo, ficar louco e furioso, passando a destruir tudo e todos os que ficassem em seu caminho.

Assim, Héracles navega até Creta, e vai ao encontro do rei Minos, para avisar-lhe de sua missão. Mostrando descaso quanto à segurança e à vida do herói, o rei dá o consentimento a tal operação.

Ao sair à procura do touro, logo o encontra, sendo em seguida atacado por ele. Antes que os chifres o atingissem, porém, Héracles desvia-se do ataque, deixando o touro no chão. Logo em seguida o animal levanta-se e e investe mais uma vez. Rapidamente aproveitando a situação Héracles segura os chifres do touro, levando sua cabeça ao chão, subjulgando-o. Apenas depois de muito tentar se libertar que o touro reconhece a derrota. Assim sendo, logo seus chifres já estavam amarrados, impedindo-o de se mover ou voltar ao ataque.

Quando chegara ao mar, facilmente a travessia foi realizada pois, nas costas do boi, a corrente d'água não era um problema. Chegando do outro lado, Héracles amarra o touro no estábulo de Euristeu antes de, por covardia, o medroso rei libertar o animal e este voltar a espalhar o terror na Hélade*.

* Hélade é o nome da região da Grécia antes de seu nome atual ser empregado pelos romanos.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Ananke (Ἀνάγκη)

Uma deusa primordial segundo a cosmogonia órfica, chamada de Necessitas pelos romanos, é a mãe das moiras, tecedoras do destino, e de Adrastéia, uma das ninfas as quais cuidaram de Zeus quando tiveram de escondê-lo do pai Cronos.

É a deusa primordial da inevitabilidade, destino e fatalidade, controlando o destino tanto dos homens quanto dos deuses, os quais, assim como os mortais, deveriam cultuá-la e oferecer sacrifícios em seu nome. É representada como uma serpente envolvendo um ovo, o "ovo primordial". Junto a Chronos, representa as forças ao redor do ovo, forças do destino e do tempo. Tal ovo divide-se posteriormente em terra, céu e mar, formando assim, o universo organizado.

Devido a seu poder sobre o destino, pode ser relacionada às moiras homéricas, as tecedoras do destino. Com o tempo, Anake caiu no esquecimento, até ser substituída por Eros, o qual se opunha à deusa, representando o amor, mas ainda curvando os deuses à sua vontade, assim como uma vez fizera a Apolo.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Por Trás dos Animes - Mitologia em Mirai Nikki


Mais uma vez, os animes aparecem com muitas bases mitológicas, leia mais sobre esse.

Enredo: A história começa com um garoto, Amano Yukiteru, o qual possui problemas em fazer amigos em sua escola. Assim, solitário, ele começa a tornar-se um observador das situações ao seu redor, e escrevê-las em seu celular, tornando-o um diário. Atormentado por sua solidão, Yukiteru começa a sonhar com um ser chamado Deus X Machina, lorde do tempo e do espaço. Vendo como Yukiteru estava em sua depressão, Deus dá ao seu diário o poder de prever o futuro. Yukiteru então começa a abusar de seu poder, chamando a atenção de outras pessoas. Assim que passa a ser perseguido por sua colega de classe Yuno após ela revelar ser uma dona de diário, e quase morrer nas mãos do Terceiro, que também é um dono, Yukiteru percebe que não é o único a ter o poder da visão do futuro. Ao questionar Deus, Yukiteru tem a resposta: o jogo possui ele, Yuno e mais dez jogadores, todos competindo pelo posto de deus. Depois de tal revelação, Yukiteru forma uma aliança com Yuno e tenta vencer esse jogo de sobrevivência.



Já em sua abertura, o anime mostra que possuirá algo relacionado à mitologia, ao colocar o nome dos doze deuses romanos em latim. Os personagens possuem também relação com a mitologia, leia a seguir.

Atenção: Postagem com revelações sobre o enredo, caso não tenha lido e não queira saber, não leia.

Amano Yukiteru: Protagonista masculino da história, possui o diário aleatório, o qual diz o futuro ao seu redor. É baseado no deus romano Júpiter, o Zeus grego. Contudo, no início da história, diferentemente do deus, Yukiteru é indeciso, e dependente de Yuno várias e várias vezes, assim como comumente Zeus dependera de Hera. Com o passar do tempo, Amano torna-se mais frio e calculista, tomando o posto de líder. Ao final da história, junto a Yuno, sucede Deus X Machina como deus do tempo e espaço.

Gasai Yuno: Uma das personagens femininas principais, tem o diário do Yukiteru, um diário o qual diz tudo sobre ele. Possui base na deusa Juno, correspondente à grega Hera. É a segunda dona de diário e possui uma relação com Yukiteru, mesmo que meio conturbada. Bonita e inteligente, por muitos estudantes é tida como um modelo, assim como muitas vezes ocorre a Hera. Também aludindo à deusa, é ciumenta(beirando a possessividade) com Yukiteru e não pensa duas vezes em matar qualquer uma que chegue perto dele, representando a rivalidade que Hera possuía com as amantes de Zeus, a exemplo Io e Calisto.

Hiyama Takao: O primeiro do jogo a ser morto, Takao possui o terceiro diário, o diário do assassino, o qual diz suas próximas vítimas, tendo em vista ele ser um assassino. Em sua pequena relação com o deus Vulcano, representação romana do Hefesto grego, Takao mostra grande habilidade manual, ao criar sua máscara e seu colete, os quais protegem sua identidade e sua vida, respectivamente.

Kurusu Keigo: O quarto dono de diário, possui o diário investigativo, o qual ajuda em seu trabalho, por ele ser policial. Na história mostra-se como aliado de Yukiteru e Yuno, na busca de um modo para salvar os outros donos da morte. Porém, devido a acontecimentos no decorrer do enredo, ele volta-se contra os protagonistas, e ao ver que não conseguiria matar crianças, opta por quebrar seu diário, o que resulta em sua morte. Apesar de mostrar vários detalhes das investigações, o diário investigativo de nada serve caso Keigo não esteja envolvido em uma. Sua base mitológica é Mercúrio, o deus grego Hermes, talvez devido ao fato de por ser mensageiro dos deuses, o deus ter de investigar várias situações diferentes.

Houjou Reisuke: Apesar de ser apenas uma criança, é o quinto dono de diário. Possuindo o diário da super visão, ele é capaz de visualizar em seu livro de colorir os acontecimentos de três momentos do dia de uma vez. É muito inteligente e possui uma mente diabólica. Após Yukiteru e Yuno terem acabado com o culto liderado pela Sexta, os pais de Reisuke estão entre os que cometem suicídio. Ao tentar matar os protagonistas, Reisuke diz não amar os próprios pais devido à sua rejeição, mesmo isso sendo desmentido por ele mais tarde. Sua base é a deusa Ceres, a grega Deméter, podendo as analogias serem percebidas devido ao fato de em grego "Δήμητηρ" poder ser separado em "H ημητηρ", ou seja, "a mãe", demonstrando seu valor pela família. Assim como quando Deméter perde Perséfone, Reisuke também fica desolado ao perder seus pais, procurando vingança. Sua personalidade diabólica pode ser vista na deusa, quando ela pune alguma região com o inverno ou com a escassez de alimento.

Kasugano Tsubaki: Sexta participante, nascida com apenas parte de sua visão, é a líder do culto Omekata. Seu diário é o diário da clarividência, um pergaminho no qual é anotado o que seus seguidores vêem. Quando seus pais morreram em um acidente de carro, Tsubaki foi parte de um ritual, onde vários homens abusaram de seu corpo. Assim, a única coisa à qual ela se prendia para manter sua sanidade era uma bola, dada a ela por sua mãe. Porém, após perdê-la, passou a almejar tornar-se deus, para acabar com o mundo o qual havia a abandonado. É baseada em Perséfone, filha de Deméter e Zeus, a qual foi raptada por Hades e levada para longe da mãe. Lá, ela também perde sua ingenuidade sexual, após tornar-se rainha do submundo ao lado de Hades, o mesmo ocorrido a Tsubaki antes de tornar-se líder do culto.

Isubaka Maruko e Mikami Ai: Originalmente tidos como dois usuários, o casal na verdade participa no jogo como apenas um participante: os sétimos. Inicialmente, o diário de Maruko é o diário do lutador invencível, que diz como ele atacará o oponente, e o de Ai é o diário do flerte, que mostra is próximos com quem ela irá flertar. Porém, após a torre de celular ser desativada e os celulares do casal perderem o poder, eles revelam serem verdadeiros donos, não apenas receptores do sinal do diário de Kamado, feito com a ajuda de Bacchus. O diário de Maruko permite-o cuidar de Ai, capaz de prever tudo o que colocasse-a em perigo. Já o diário de Ai permitia que ela cuidasse de Maruko, ambos formando assim o diário da troca, que revela o futuro um do outro. Quando Ai encontra seu final ao decorrer do jogo, Maruko não tenta salvar-se, sem conseguir viver sem Ai. Assim, ele deixa que Yukiteru pegue o paraquedas para saltar do prédio em destruição onde estavam. O casal é baseado em Marte e Vênus, deuses romanos da guerra e do amor correspondentes a Ares e Afrodite, respectivamente. Tal relação pode ser percebida em seus diários, onde os primeiros referiam-se a golpes de luta, facilmente relacionados a Marte, e flertes, habilidade amplamente utilizada por Vênus em variados contos. Já o segundo diário de ambos alude ao caso amoroso de Marte e Vênus na mitologia.

Ueshita Kamado: A oitava dona de diário é dona também de um orfanato, chamado "casa da mãe", onde Maruko e Ai cresceram. Não possui nenhum interesse no jogo, por temer deixar os órfãos sem ninguém, e possui o diário do servidor, o qual, como servidor emula um "sinal" para que outras pessoas possam tornarem-se usuários intermediários, podendo ter seu próprio diário. Ao ver a morte chegar, Kamado pede a Yukiteru que ganhe o jogo e que crie um mundo no qual as crianças não tenham preocupações. Sua base mitológica vem de Vesta, deusa romana correspondente à grega Héstia, divindade do lar e da família. Na mitologia, para proteger o lar (o Olimpo) ela algumas vezes abdicou de direitos os quais possuía, sendo um deles seu trono no Olimpo, enquanto no anime Kamado demonstra preocupação com sua família, os órfãos. Também como a deusa, Kamado opta por não participar do jogo efetivamente, assim como Héstia não participara na Titanomaquia.

Uryuu Minene: Segunda protagonista feminina, é a nona participante do jogo, sendo uma terrorista, e entra efetivamente na história quando realiza um atentado à escola de Yukiteru. Possui o diário da fuga, o qual dá a ela a melhor rota de fuga quando a situação em questão é perigosa. No terrorismo, é uma astuta inimiga da polícia, demonstrando alta perspicácia para cometer seus atos. No quesito amoroso, Minene sempre se achou superior a tal sentimento, deixando a companhia masculina de lado, até ser balançada ao conhecer Masumi Nishijima, policial o qual procurava capturá-la. Porém, ele acaba por morrer no segundo mundo, e Minene fica com o Nishijima do terceiro mundo. Em alusão à esse sentimento contrário ao contato com os homens, junto às suas grandes estratégias, tanto para ataques quanto para fugas, e seu diário da fuga, tal personagem é baseada na deusa Minerva, deusa romana correspondente à grega Atena, deusa da sabedoria e estratégias de guerra. Junto a isso, seu último nome em japonês possui o kanji para chuva(雨), kanji o qual representa Netuno, o Poseidon grego, no Dii Consentes, os doze deuses do panteão romano.

Tsukishima Karyuudo: Pai de Hinata, uma das amigas de Yukiteru, é o décimo dono de diário. É um criador de cachorros, e por ter grande devoção ao que faz, acaba negligenciando seus deveres familiares. Possui o diário da criação, o qual permite-o comandar todos os seus cachorros, dando ordens e localizações a eles. Devido a tal devoção para com seus animais, e à especificidade de seu diário, sua base mitológica é Diana, deusa romana da caça e da lua, sendo Ártemis sua forma grega.

Bacchus John: O último a ser introduzido no jogo e governador da cidade de Sakurami, é na verdade o criador do jogo, dando tal ideia para Deus, para a decisão de seu sucessor. Possui o diário da observação, o qual permite a ele ver todos os dados presentes nos outros diários. Com uma alusão em seu nome, e nos instantes finais de sua vida, onde ele pensa estar insano, é baseado no deus romano do vinho, das artes teatrais e da sanidade Baco, o Dionísio grego.

Hirasaka Yomotsu: Décimo segundo participante do jogo, é um insano "justiceiro" cego, que possui a própria interpretação, considerando justiça como aquele que ganha, Possui o diário da justiça, um gravador que diz a ele quais feitos maléficos serão realizados, e que pode hipnotizar pessoas a partir de ilusões. É baseado no deus romano do submundo Plutão, o grego Hades. Em grego "Άιδης", em uma tradução primitiva Ά - não e ιδης - ver, pode sugerir o fato de Yomotsu ser representado como uma personagem cega.

Akise Aru: Segundo protagonista masculino, é introduzido na história após Yukiteru mudar de escola, pois a primeira fora explodida por Minene. Primeiramente uma pessoa normal, Akise não participava do jogo. Por gostar de investigações, ele começa uma em torno de Yukiteru, e mais adiante recebe de Kamado o diário detetive, o qual pode realizar "profecias" baseado nos dados de outros diários. É bissexual, e demonstra interesse em Yukiteru, Minene e Tsubaki. Isso, junto ao seu diário, mostra sua alusão ao deus romano Apolo, o qual foi "importado" dos gregos pelos romanos, devido ao fato dos últimos não possuírem um deus com as especificações de Apolo.

Amano Rea: Mãe de Yukiteru, possui uma relação muito próxima com ele. Devido a seu nome e ao fato de ser mãe de Yukiteru, o qual tem relação com Júpiter, é baseada na deusa grega Réia, mãe do Zeus grego e mulher de Cronos.

Amano Kurou: Pai de Yukiteru, divorciado de Rea devido a um grande débito obtido. Aparece na história tentando pagá-lo quebrando o celular do filho, o que resultaria na morte do mesmo. Devido a ser pai de Yuki e à situação do diário, tentando fazer tudo para quebrar o celular e ter sua vida confortável, Kurou é baseado no deus grego Cronos, o romano Saturno, titã do tempo e pai de Zeus, o Júpiter romano.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Asclépio (Ἀσκληπιός)


Filho de Apolo com uma mortal, de nome Coronis, foi tirado pelo pai do ventre da mãe, após essa morrer com sua cria ainda dentro de si. Ao crescer, aprendeu com o pai e com o centauro Quíron a arte da cura, e especializou-se cada vez mais em tal ofício. Assim, Asclépio acabou por tornar-se médico, e tratar dos humanos enfermos. Dizia-se que Atena lhe dera dois frascos, ambos com sangue da medusa. O sangue que corria do lado esquerdo da Górgona era um veneno mortal, enquanto o que corria do lado direito era capaz de ressuscitar os mortos.

Tudo corria bem, até que um dia, anunciado por Hermes, Caronte faz uma visita ao senhor dos céus. Ao que o imortal chega, Zeus percebe que algo não estava certo. Gritando e disparando palavrões por toda a extensão do palácio de Zeus, Caronte é indagado sobre o por que de sua ira. Procurando manter a calma frente ao senhor dos céus, Caronte começa a explicar o motivo de sua vinda.

Acusando Asclépio, o barqueiro diz não ter mais serviço, pois cada vez menos almas apareciam na borda do rio para que fossem levadas ao reino dos mortos. Ao que o o filho de Apolo é acusado, o próprio deus aparece para defender o filho, dizendo tudo que já havia sido dito antes, com um tom de orgulho em sua voz, aprovando a atitude do filho.

Contando sua trajetória até o palácio, Caronte diz ter encontrado a Morte, e ela lhe dito que encontrasse o causador da longevidade das pessoas, pois sem sua função, ela já não mais era necessária ao mundo. Após tal fala, Caronte diz ter visto a própria Morte encontrar-se, quase sendo consumida e desaparecendo.

Dispensando todos menos Hermes, Zeus pede ao filho que vá aos ciclopes e que lhes peça que fabriquem um raio, o qual causasse uma morte rápida. Em pouco tempo, Zeus já se encaminhava para a beira do Olimpo. De lá, tendo uma ampla visão do mundo, Zeus lança o raio, o qual cai diretamente na cabeça de Asclépio.

Assim que a alma do neto chega ao Olimpo, Zeus transforma-o em um deus, o deus da medicina, posteriormente chamado de Esculápio pelos romanos, além de criar a constelação de seu bordão, um cajado envolvido por uma cobra, parecido com o caduceu de Hermes, o qual um dia fora de seu pai Apolo.



Por Trás do Cotidiano

O bordão de Asclépio é o simbolo da medicina, e muitas vezes utilizado pelos médicos.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Héracles (Ἡρακλῆς) - Os Estábulos do Rei Áugias


Após capturar a Corça de Cerínia, Héracles recebe de Euristeu a tarefa  limpar os estábulos do rei Áugias. Porém a tarefa não seria fácil, pois a região na qual as terras do rei estavam situadas eram muito férteis, e não mais precisavam de adubação. Com isso, o esterco produzido pelos cavalos que possuía começaram a ser empilhados, e logo não havia mais jeito para se livrar dele.

Assim, Euristeu ordena que Héracles faça tal serviço, esperando que ele gastasse muito tempo para realizar tal trabalho, senão morresse tentando. Ao chegar no local e ver o que esperava-o, ele mais uma vez percebe o quanto Euristeu odiava-o. Ele dirige-se ao rei e diz sua tarefa. Quando o soberano diz não poder disponibilizar trabalhadores, o herói responde que o faria sozinho e em um dia, levando o rei a oferecer uma parte de seus rebanhos caso ele realmente conseguisse tal façanha, chamando inclusive seu filho para testemunhar a oferta.

Quando o sol estava em seu ponto mais alto, Áugias vai até os estábulos ver como estava o trabalho do herói, apenas para ver que ele não estava lá. Quando indagado por seu senhor sobre o paradeiro de Héracles, um pastor diz ter visto o herói morro acima, levando Áugias crer que o herói era louco. 

Porém, utilizando-se de pedras, Héracles consegue desviar o curso de dois rios que pelas proximidades passavam. Junto a isso, valendo-se de árvores, montou um verdadeiro dique, acumulando toda a água dos rios, e assim que o volume acumulado era grande, o herói derrubara o dique, deixando as águas dos rios rumarem em direção aos estábulos.

Assim, em pouco tempo, a tarefa que parecia impossível fora realizada por Héracles, com a ajuda dos rios. Porém, alegando que o herói trapaceara, o rei Áugias recusa-se a ceder sua oferta. Após ouvir tal blasfêmia, Héracles leva Áugias ao tribunal. Chamado para depor sobre o caso, Fineu, o filho de Áugias, diz sobre o juramento dos dois homens, levando os juízes a tomarem partido a favor de Héracles. Porém, recusando a reconhecer a decisão, o rei exila seu filho e o herói.

Prometendo que o rei pagaria por sua avareza, Héracles volta para Euristeu, o qual não acreditava em seus olhos ao ver o herói. Ao tomar conhecimento da façanha realizada pelo herói para limpar os estábulos, Euristeu passa a temer mais seu subordinado, pois contatara que além de forte e ágil, também era inteligente. Ajudado por Hera, pensou em mais um trabalho, dando início a mais seis trabalhos, os quais levariam Héracles para longe do Peloponeso.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Por Trás dos Livros - Mitologia em As Crônicas de Nárnia


Afinal, depois de vários outros "Por Trás do Cotidiano", esse também deveria ser feito. Aproveitem.


Baco: deus romano correspondente ao grego Dionísio, é o deus do vinho, das uvas, das artes teatrais e da sanidade. Filho de Zeus e Sêmele, desenvolveu-se e nasceu da coxa de seu pai  pois, devido à uma jogada de Hera, sua mãe fora morta. No livro aparece representando a natureza em sua forma mais selvagem. Junto a ele aparecem também as seguidoras de seu culto, as bacantes, presentes tanto no livro quanto na mitologia.

Centauros: Seres que possuíam a parte inferior de um cavalo enquanto a superior era humana. Em sua maioria eram seres selvagens e gostavam de grandes e longas celebrações. Em contrapartida à esses indivíduos selvagens e mortais, havia Quíron, filho de Cronos e um dos poucos centauros sábios e imortais existentes. Porém, durante um dos trabalhos de Héracles, quando o herói tivera de enfrentar um grupo de centauros furiosos, o centauro levara uma flechada na pata. Como a flecha estava envenenada com veneno de Hidra, o centauro não viu saída senão pedir a Zeus que tirasse sua imortalidade e que deixasse-o morrer em paz. Após morrer, Zeus transforma-o na constelação de Sagitário.

Faunos e sátiros: Ambos representam o mesmo tipo de personagem, o sátiro, sendo ele a forma grega e os faunos a romana. Eram representados como um híbrido de humano e bode, com tronco e cabeça humanos, essa última com dois chifres. Enquanto isso, suas pernas eram iguais às de bode, inclusive com cascos no lugar de pés. Eram constantemente representados como integrantes dos séquito de Dionísio. No livro, sem alguma razão aparente, há o conceito de que os sátiros eram seres bons e os faunos, maus.

Fênix: Apresentada em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa, surge de uma flecha em chamas lançada pelo exército de Suzana. Na mitologia grega, era representada com penas douradas ou vermelhas brilhantes e vida muito longa, a qual quando terminava, provocava uma combustão espontânea na fênix velha, para de suas cinzas outra nova nascer. Não existia apenas na mitologia grega, mas também na egípcia, romana, persa e outras mais.

Fúrias: Chamadas de Erínias pelos gregos, aparecem em O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa, estando juntas do séquito da Rainha Branca, principalmente quando esta prepara-se para sacrificar Aslam na mesa de pedra. Na mitologia, surgem quando Cronos castra Urano, e a partir daí começam a exercer sua função, a de punir os crimes dentro de famílias e muitas outras vezes punir os mortais por mando de Hades.

Lobisomem: Sua origem, assim como a de Weregarurumon e a de Remo Lupin, vem do mito de Licaón, o rei da Arcádia. O soberano era antes um bom governante da região, mas após Pandora liberar os males que assolaram a humanidade, Licaón virara uma pessoa egoísta e egocentrista, passando a desrespeitar os deuses. Frequentemente recebia os deuses em sua casa e, certa vez realmente o eram, serve a eles carne humana. Zeus, indignado, destrói seu palácio e Licaón começa a fugir. Em sua fuga, Zeus o transforma em lobo, criando assim o primeiro dos lobisomens.

Minotauro: Monstro surgido da fúria de Poseidon, quando Minos recusa-se a realizar o sacrifício de um touro, ação exigida pelo deus dos mares em troca de ter tornado o rei governante dos mares. Indo até Afrodite, Poseidon pede ajuda a ela. A deusa do amor e da beleza então faz com que a mulher de Minos fique apaixonada pelo touro o qual deveria ter sido sacrificado. Porém, sem ver como conseguiria fazer algo com o touro, a rainha pede ajuda a Dédalo, o qual constrói uma espécie de vaca, de modo que a rainha pudesse nela entrar, e ter relações com o touro. Dessa relação surge o minotauro, monstro metade humano e metade touro. No livro, aparecem diversos minotauros durante o enredo.

Ninfas: Eram as várias criaturas que personificavam os aspectos da natureza, como rios, mares, florestas, etc. Em alguns contos, como o de Narciso e Eco, possuíam um papel maior. Dentro da história do livro, pode-se ver algumas classes de ninfas, sendo elas as dríades, hamadríades e as filhas do deus do rio, as náiades.
  • Dríades: Ninfas associadas aos carvalhos, que nasciam junto à árvore a qual sua vida era conectada. A dríade vivia na árvore ou perto dela, podendo, ao contrário das Hamadríades, andar livremente. Caso a árvore morresse, a dríade também morria.
  • Hamadríades: São ninfas que compartilham o espaço com a árvore: estão incorporadas nela. Compartilhavam também o humor com a árvore, se ela estava triste, isso significaria a queda de suas folhas, e caso estivesse alegre, isso representava que a primavera havia chegado.
  • Náiades: No livro mencionadas apenas como filhas do deus do rio, eram ninfas aquáticas de água doce, as quais possuíam o poder de curar e profetizar, além de possuir domínio sobre as águas. Não deixavam ninguém se banhar em suas fontes, punindo quem o fizesse com amnésia, doenças ou morte, deixando as pessoas apenas beberem das fontes.


Pegasus: No livro representava um pégaso genérico, como sendo um dos "filhos" do Pégasus original. Na mitologia, o Pégasus foi um cavalo alado gerado a partir do sangue da cabeça decepada da Medusa, após essa ter relações com Poseidon no templo de Atena e ter sido derrotada por Perseu. Junto a ele, nascera Crisaor, algumas vezes representado como um homem e outras como um javali alado.

Sereias: Seres várias vezes descritos com corpo de mulher e rabo de peixe, que cantavam melodias, no intuito de atrair aqueles que o ouvissem, para devorá-los em seguida. Durante a expedição de Jasão e os Argonautas, elas quase fazem com que os heróis percam seu caminho rumo à Cólquida. Comumente são apresentadas dessa forma, porém para os gregos eram tidas também como abutres com cabeças de mulher.

Tritões: No livro mostrados como vários, na mitologia era apenas um. Filho de Poseidon e Anfitrite, um híbrido com corpo de humano e cauda de peixe ao invés de pernas. Era o mensageiro das águas, o qual acalmava o mar momentos antes da carruagem de seu pai passar. No conto dos argonautas ele ajuda-os, ao indicar o melhor caminho para o mediterrâneo.

domingo, 5 de agosto de 2012

Baucis e Filemon


Certa vez, querendo testar a hospitalidade dos humanos, Zeus decidira descer à Terra e disfarçar-se de mendigo. Chamando Hermes e advertindo-o a deixar suas asas no Olimpo, para que ele não se mostra-se um deus, ambos descem ao mundo dos humanos.

Assim que chegam, ambos dirigem-se a uma casa, e batem em sua porta. Apenas depois de um tempo que estavam lá que em uma janela no alto surge uma pessoa, que logo despacha-os.

Prosseguindo viagem, os deuses chegam à uma casa a qual estava em festa. Recebidos pelo anfitrião, conseguem uma escassa refeição, constituída por ossos e um poucos carne.

Tentando controlar sua raiva, Zeus continua a andar, ainda acompanhado de seu filho. Chegando a uma nova casa, eles batem na porta, esperando uma hospitalidade melhor do que a recebida anteriormente. Porém, depois de baterem repetidamente, uma mulher envolta em lençóis aparece no parapeito da janela, e quando ouve o pedido de Zeus, em busca de alimento, demonstra sarcasmo e comunica tal pedido ao amante, o qual, chegando também ao parapeito, expulsa-os da porta da casa.

Quase sendo tomados pela exaustão, os deuses chegam à uma pequena casa, que mal parecia agüentar-se em pé. Após bater palmas, pois tinha medo de arrancar a porta, Zeus, junto de Hermes, é recebido por um velho. Nem bem começaram a falar, ambos foram convidados pelo homem a entrarem.

Assustados com tamanha hospitalidade, os deuses entram na casa, tomando o cuidado para em nada esbarrarem. Filemon, o homem que os receber, logo arruma assentos para os visitantes, e passa a procurar comida para oferecê-los, enquanto sua mulher, Baucis, tentava reacender o fogo da lareira há muito tempo apagado.

Filemon, seguindo as regras impostas por Zeus, sem saber que abrigava em sua casa o próprio, abre o único vinho que possuía. Após os convidados serem servidos, todos começam a comer. Zeus pergunta a Filemon se ele não bebia. Fazendo que não, o anfitrião olha para o vinho e, para sua surpresa, constata que a jarra, antes vazia por ter sido servida aos convidados, estava cheia até a borda.*

Relacionando o fato às suas visitas, Filemon logo percebe que tinha, em sua mesa, o deus dos deuses e seu filho. Envergonhado, começa a pedir perdão aos deuses, após comunicar o fato a Baucis e ela também pedir perdão.

Acalmando o casal, Zeus diz que estava muito satisfeito com a recepção recebida por parte dos velhos, e pede para que os dois os acompanhem. Chegando a um monte no alto da região, Zeus pergunta-lhes o que era mais desejado por eles. Após discutirem sobre isso, o casal diz não querer sobreviver um à morte do outro.

Assim que falam seu pedido, uma tempestade inunda o vale, levando tudo com suas águas, inclusive a vida dos vários anfitriões que não haviam recebido Zeus e Hermes. Quando a água atingira a casa de Baucis e Filemon, ambos não viram ela ir embora, mas sim ela tornar-se um majestoso templo. Zeus chega até eles e diz-lhes que eles seriam os sacerdotes exclusivos daquele templo recém-criado.

Após isso, os dois ainda viveram muitos anos, pois Zeus os dera uma generosa longevidade, e em meio à fartura do templo. Porém, certo dia, quando estavam à porta do templo, Baucis vê um tufo de folhas surgir no cabelo de Filemon. Assustada, constata que seu corpo também está transformando-se em árvore. Assim, Baucis e Filemon terminaram sua vida mortal juntos, tornando-se duas árvores com seus galhos entrelaçados na porta do templo de Zeus, eternamente.



*Em algumas versões, Filemon procura matar o ganso que possuía, para oferecer às visitas. O animal, como que conseguindo perceber as divindades presentes na casa, refugia-se entre as pernas de Zeus. O deus intervem, e revela sua identidade.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Quelone

Quando foram casar-se, Zeus e Hera convidaram todos os seres do mundo grego para a celebração daquela que seria a maior de todas as festas. Recepcionados por Eunomia, Dice e Irene, três das Horas, todos os convidados compareceram. Ao tentar confirmar a presença de todos da lista Hermes, porém, toma conhecimento da ausência da ninfa Quelone.

Descendo à Terra pela ponte de arco-íris proporcionado pela deusa Íris, Hermes sai em busca da ninfa. Quelone, demonstrando total desprezo pelo casamento, havia ficado em casa, e lá ainda estava, quando o deus dos pés ligeiros chegara para levá-la à festa.

Alegando dor no pé, a ninfa diz ao deus que não poderia ir. Porém, não há como mentir para o deus das mentiras e trapaças, e em minutos a ninfa estava a caminho da celebração. Porém, lenta como uma tartaruga, Quelone vai aos poucos testando a paciência de Hermes.

Vendo que caso continuasse naquela lentidão ele também chegaria atrasado, Hermes sai voando em direção à festa, não sem antes advertir Quelone, dizendo que não faltasse ao casamento de Hera caso não desejasse um terrível castigo proporcionado pela deusa do Olimpo. Tendo de ir sozinha, o passo da ninfa triplicara na lentidão, e quando chegara no início do arco-íris, a divindade acabara por adormecer na grama.

Ao acordar, porém, Quelone vê todos os convidados realizando o caminho de volta  pela ponte. Pensando em pelo menos justificar sua falta, ela toma a direção contrária da tomada pelos convidados. Porém, devido à distância e à dificuldade de locomoção, Quelone desiste das boas intenções e volta para casa.

Porém, ao voltar para seu lar, ela encontra Hermes esperando-a. Incrédulo, ele censura Quelone por faltar à celebração e, diante do descaso da ninfa, o deus se enfurece e joga a ninfa no rio, junto de sua casa. Do alto do Olimpo, uma luz saíra e caíra no lago o qual Quelone encontrava-se. Imediatamente ela começa a murchar, assim como sua casa. Tornando-se um animal, Quelone vê que agora carregava sua casa nas costas. Assim foi criado o animal hoje chamado de tartaruga.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Por Trás do Cotidiano - Frases Populares


A justiça é cega: Sua base está na deusa da justiça Têmis. Filha de Urano e Gaia, foi ensinada junto a Nêmesis, a divindade da retaliação. Era representada pelos gregos como uma deusa de olhos vendados, mostrando que a justiça é relativa, pois assim como a justiça pode ser feita em prol dos inocentes, também pode ser feita a injustiça, dando a razão a alguém que na verdade seria culpado. Daí vem a origem da frase "A justiça é cega".

Agradar a gregos e troianos: refere-se à Guerra de Tróia, conflito o qual lançou gregos contra troianos. Como ambos os lados eram muito diferentes um do outro, diz-se impossível agradar a gregos e troianos.

Bicho de sete cabeças: tal expressão tem origem na lenda da Hidra de Lerna. Tal monstro, filho de Tifão e Equidna, assolava a região de Lerna, e era conhecida por possuir sete cabeças. Héracles, a mando de Euristeu, vai até a região para combater o monstro. Após cortar algumas cabeças do monstro, o herói percebe que a cada uma cortada, duas cresciam em seu lugar. Só com a ajuda de seu sobrinho Iolau que o filho de Zeus conseguira vencer tal luta. Pois quando o tio cortava alguma das cabeças do monstro, o sobrinho cauterizava o ferimento. Assim sobrara só a cabeça imortal, a qual ele cortou e soterrou com pedras. A frase representa a atitude de alguém que coloca diversos limites à realização de uma tarefa.

Calcanhar de Aquiles: Relativa ao célebre herói grego Aquiles. Sua mãe, Tétis, banhara-o no rio Estige, deixando-o com a pele invulnerável. Contudo, ao segurá-lo pelo pé, deixara seu calcanhar coberto, não deixando a a água banhá-lo. Assim, o calcanhar era o único ponto mortal do herói. Ao saber disso, o herói troiano Páris faz um estratagema para matá-lo. Utilizando da beleza de sua irmã, ele faz com que ela o atraia para uma armadilha, conseguindo matá-lo disparando uma flecha em seu calcanhar. A frase é utilizada para designar o ponto fraco de uma pessoa.

Cair nos braços de Morfeu: inspirada no deus grego dos sonhos, filho de hipnos. Em grego antigo "Μορφε" siginifica forma, podendo representar a característica do deus, de poder assumir a forma de humanos para transmitir mensagens às pessoas em seus sonhos, ou fazer uma alusão ao fato de que os sonhos podem tomar qualquer forma possível. "Cair nos braços de Morfeu" significa possuir um sono tranquilo, como se estivesse na presença do deus.

Caixa de Pandora: Referente ao jarro de males que fora dado a Epimeteu por Prometeu. O titã acorrentado aconselhara o irmão a não abri-lo,e nem receber presentes de Zeus. Porém, assim que vê Pandora, a mulher criadapelos deuses, Epimeteu logo se esquece do conselho de Prometeu e aceita-a comosua mulher. Após algum tempo, vencida pela curiosidade, Pandora acaba por abriro jarro, e libera diversos males pelo globo, deixando lá dentro apenas Elpis, apersonificação da esperança. A frase mostra algo que gera curiosidade, mas que émelhor não ser revelado ou estudado, pois seria fonte de males ou desgraças.

Entre Cila e Caríbdis: Na mitologia, Cila e Caríbdis eram dois monstros os quais moravam em lados opostos ao estreito de Messina. Cila era uma criatura marinha, que provocava redemoinhos de modo a levar tudo na superfície do mar à sua boca, para depois cuspi-los. Caríbdis morava em uma gruta, em frente a Cila, e saía dela para comer o resto deixado por ela. A expressão "Entre Cila e Caríbdis" designa a ideia de estar entre duas ameaças, sem conseguir decidir qual das duas é pior.

Esforço hercúleo: refere-se ao herói Héracles, o romano Hércules. Tal semideus, filho de Zeus e Alcmene, foi conhecido por seus doze trabalhos, os quais estavam acima da capacidade mortal. É chamado "esforço hercúleo" o esforço que está no limite ou além da capacidade humana.

Leito de Procrusto: Procrusto era um bandido da ática, que matava todos os seus hóspedes. Ele os conduzia a um leito de ferro que possuía em sua casa. ao deitarem-se nele, os hóspedes possuíam partes do corpo amputadas, caso fossem maiores que ela, ou então se corpo era esticado, caso este fosse maior que a cama, torturas as quais sempre levavam à morte. Só quando Teseu por lá passou, que Procrusto foi derrotado, vítima de sua própria prática. "Leito de Procrusto" refere-se à aplicação de uma medida única, forçando todos a aceitarem-a.

Pomo da discórdia: remetente à Guerra de Tróia, faz alusão à sua origem. No casamento de Peleu e Tétis, todos os deuses foram chamados, a não ser Éris, a deusa da discórdia. Indignada com isso, ela lança sobre a mesa do banquete uma maçã de ouro, com os dizeres "Para a mais bela". Com isso, Hera, Afrodite e Atena começam a disputar o posto de mais bela das deusas. Zeus, para manter-se de fora de tal conflito, diz a elas que peçam para que o camponês troiano Páris julgue-as. Tal julgamento acaba por causar a guerra mais tarde. É chamado de "pomo da discórdia" algo que dá motivo a uma discussão ou a uma desavença.

Presente de Grego: Tal expressão remete à lenda da Guerra de Tróia. Protagonizada por gregos de um lado e troianos de outro, foi uma guerra feita buscando a devolução de Helena, esposa de Menelau, que fora raptada pelo príncipe troiano Páris. Após dez anos de guerra, devido à uma estratégia de Odisseu, os gregos conseguem ganhar. Fingindo deixar a cidade, eles deixam um cavalo de madeira de presente aos troianos. Sem prestar atenção aos avisos de Cassandra,a profetisa da cidade, os troianos levam o cavalo para dentro das muralhas.Saindo de dentro do cavalo, os guerreiros gregos subjugaram-na. A expressão demonstra um presente que traz prejuízo ou aborrecimento a quem recebe-o.

Profecia de Cassandra: Tem origem na filha do rei troiano Príamo, Cassandra, a qual ganhara seu dom de prever o futuro após prometer aApolo que se deitaria com ele. Porém, após receber o dom, a jovem recusasse adeitar-se com ele, fazendo com que o deus sol a amaldiçoa-se. Assim ela passa aprever o futuro, porém devido a Apolo, ninguém acreditava em suas palavras, umadas várias causas da Guerra de Tróia. É chamada “Profecia de Cassandra” umaprofecia catastrófica ou uma profecia na qual ninguém acredita.

Torcer a orelha: Tal expressão faz alusão à deusa Mnemósine, mãe das Musas. Na mitologia grega, ela era a deusa da memória, a única capaz de fazer frente aos poderes de Cronos. Como os gregos dedicavam a ela a orelha, quando esqueciam-se de algo, torciam-na, como um modo de estimular a memória e não mais cometer esquecimentos. Tal gesto acabou virando um ato de punição.

Trabalho de Sísifo: Sísifo, rei de Corinto, foi uma das poucas pessoas a enganar(ou quase) a Morte. Quando Tânatos fora buscá-lo, o rei começara a elogiá-lo. O deus, sendo tão vaidoso quanto todos os outros, deixa ser levado pela lábia do soberano. Assim, Sísifo consegue colocá-lo em uma coleira, sob o pretexto de estar oferecendo um colar ao deus. Com o deus da morte acorrentado e sua evidente incapacidade de realizar seu trabalho, as pessoas começam a não morrerem mais. Revoltado com tal situação, o deus Ares passa a procurar Tânatos. Ao achá-lo, o deus da guerra liberta-o e Sísifo é levado ao submundo. Porém, o rei havia aconselhado a mulher e os filhos a não realizarem os ritos fúnebres, de modo que sua alma não pudesse estabelecer-se no Hades por completo. Com tal situação, Hades vê-se sem saída, senão deixar que o rei voltasse à vida e fizesse certo os ritos. Porém mais uma vez o rei engana a morte durante tempos, até que a velhice leva-o finalmente de volta para o reino dos mortos. Lá, o rei é condenado a rolar uma pedra até o cume de uma montanha, e sempre ao chegar lá, ver a pedra descer todo o caminho, tendo de recomeçar seu trabalho. a expressão "Trabalho de Sísifo" é utilizada para nomear uma tarefa que é exaustiva, inútil e interminável.

Voto de Minerva: Tal expressão remete À uma das histórias da Guerra de Tróia. Para conseguir vitória na guerra, Agamenon, chefe das forças gregas, oferece a vida de sua filha em sacrifício aos deuses. Clitemnestra, mulher de Agamenon, cega de ódio pela morte da filha, acaba por matar o marido. Assim, Apolo ordena que Orestes, filho do casal, vingue a vida do pai. Após Orestes matar a mãe, seu crime também teria que ser julgado. O jovem suplica a Apolo, e o deus concede-o um julgamento. Porém, a decisão dos doze cidadãos da cidade terminara empatada. Assim, Atena é chamada para desempatar o empasse. A deusa da sabedoria profere seu voto, poupando a vida a vida do jovem. "Voto de Minerva" refere-se à um voto de desempate, aludindo à versão romana de Atena.